Na Semana da Consciência Negra, vereadora Luiza Ribeiro e liderança religiosas protocolam requerimento para tombamento da Praça do Preto Velho no IPHAN/MS

Nesta segunda-feira (18), durante a semana da Consciência Negra, a vereadora Luiza Ribeiro (PT)  e mais 9 lideranças religiosas da Umbanda e do Candomblé, protocolaram junto à Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em Mato Grosso do Sul, requerimento solicitando o tombamento histórico e cultural da Praça do Preto Velho, em Campo Grande. A iniciativa faz parte de um conjunto de encaminhamentos apontados na audiência pública realizada em março deste ano, na Câmara Municipal, que discutiu a preservação histórica e cultural do patrimônio do povo negro na cidade.

A vereadora esteve acompanhada das lideranças, Antonio Lino Rodrigues de Sá, Augusto Egydio Medina Ferreira, Everson da Costa Dolores, Janice Silva de Oliveira Ramos, José Luiz Mendes de Castilho, Maria Carolina Gomes Silva, Pedro Fernandes Costa Gaeta, Rayanne Jarcem e Ana Claudia Ledesma, pais e mães das religiões de matriz africana e ameríndias, que reforçaram a importância desse tombamento para valorizar a memória da comunidade negra e combater o preconceito e a intolerância religiosa. “Esse tombamento representa o reconhecimento da importância cultural e histórica do povo negro em Campo Grande, além de ser um símbolo de resistência e combate à discriminação que ainda persiste em nossa sociedade”, enfatizou Luiza.

A ação ocorre na mesma semana em que o Brasil celebra pela primeira vez o Dia da Consciência Negra como feriado nacional, após decreto do presidente Lula. A Praça do Preto Velho é um local de grande significância cultural e religiosa, que reúne manifestações de religiões de matriz africana e representa uma conexão profunda com as raízes e tradições da comunidade negra.

O superintendente do IPHAN/MS, João Santos, destacou a prioridade que o órgão confere à preservação de patrimônios ligados às religiões de matriz africana e às comunidades historicamente invisibilizadas. “Existem prioridades dentro do Iphan. Educação patrimonial, religiões de matriz africana, principalmente de comunidades que foram invisibilizadas no processo histórico, é a nossa prioridade”, afirmou o superintendente.

O pedido de tombamento busca garantir que este espaço seja preservado para as futuras gerações, promovendo a valorização do patrimônio afro-brasileiro na capital sul-mato-grossense.

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