A Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande (Semed) divulgou, pela primeira vez, duas listas de espera por vagas na educação infantil no mesmo ano, revelando um aumento significativo na lista de espera. Em janeiro de 2024, 6.919 crianças aguardavam uma vaga nas Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIs). Já na lista de julho, esse número saltou para 8.470, demonstrando a crescente fila de espera por vagas nessa etapa essencial da educação.
Preocupada com essa situação, a vereadora Luiza Ribeiro (PT) está trazendo novamente o tema para discussão na Câmara Municipal de Campo Grande. No dia 19 de agosto, às 9h da manhã, será realizada uma Audiência Pública no plenário da Câmara, coincidindo com o mês da primeira infância, para debater a falta de vagas na educação infantil.
“A educação infantil é a etapa da educação escolar que atende a primeira infância. Ela é considerada um direito de todas as crianças desde o nascimento e um dever do Estado. Evidências científicas comprovam que é o investimento com maior retorno social e econômico”, destacou a vereadora Luiza Ribeiro.
Para garantir a participação ativa da comunidade nesse debate crucial, a vereadora está visitando todas as 106 escolas de educação infantil da cidade, convidando diretores, professores, funcionários e a comunidade escolar.
O aumento na fila de espera por vagas nas EMEIs tem levado famílias a buscar auxílio jurídico por meio de mutirões organizados pela Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul. Muitas famílias, especialmente mulheres, precisam deixar seus filhos na escola para poderem trabalhar, tornando a falta de vagas um problema urgente.
Atualmente, para atender à demanda de 8.470 crianças, seria necessário construir 34 novas EMEIs em Campo Grande. A vereadora Luiza Ribeiro tem como uma de suas principais bandeiras de trabalho a fiscalização para garantir vagas na Educação Infantil, valorizando as famílias e promovendo o acesso à educação desde a primeira infância.
É fundamental destacar que a construção dessas 34 novas escolas é a solução ideal para eliminar a fila de espera. Medidas paliativas, como o aumento de salas de aula por meio de estruturas modulares ou contêineres, podem ajudar a reduzir a demanda temporariamente, mas trazem riscos futuros, como a sobrecarga das instalações, especialmente em áreas como cozinhas e refeitórios, o que pode levar à precarização dos serviços oferecidos.
“É crucial que sejam tomadas medidas efetivas para ampliar a oferta de vagas na Educação Infantil, garantindo a todas as crianças o direito a uma educação inclusiva e de excelência. Investir nessa etapa educacional não apenas beneficia as crianças individualmente, mas também contribui para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, concluiu a vereadora.