Na sessão ordinária da última terça-feira (02), a vereadora Luiza Ribeiro (PT) foi vítima de violência política de gênero perpetrada pelo vereador Marcos Tabosa (PP). Durante seu discurso na tribuna da Câmara Municipal de Campo Grande, o vereador Tabosa proferiu a seguinte declaração: “E a senhora vereadora Luiza Ribeiro, vai lavar sua boca pra falar do meu nome”.
A declaração do vereador surge em decorrência de um comentário feito pela vereadora Luiza Ribeiro durante uma audiência pública realizada no dia anterior, segunda-feira, 01. Na ocasião, a vereadora destacou que a prefeita não pode ter sindicalista de estimação, sem mencionar o nome do vereador em questão em momento algum.
Ainda durante a sessão de terça-feira, a vereadora solicitou direito de resposta e afirmou que o vereador responderá por suas palavras. “O senhor pratica crime de violência política de gênero, tipificado no Código Eleitoral, no artigo 326, que foi alterado pela lei de combate à violência política de gênero, recentemente publicada em 2021. O senhor viola o nosso código de ética e, por isso, presidente, eu já comunico que vou representar na Comissão de Ética contra as palavras utilizadas pelo vereador, no abuso de sua prerrogativa, e vou representar ao Ministério Público para que promova ação penal, caso entenda que sua conduta constitui crime de violência política de gênero”, afirmou a vereadora.
É crucial destacar que a violência política de gênero constitui uma forma de discriminação que atinge mulheres em cargos políticos, manifestando-se por meio de atos, gestos, palavras ou qualquer outra conduta que tenha por objetivo ou resultado prejudicar, anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício dos direitos políticos e a igualdade real de oportunidades entre homens e mulheres na esfera política. Essa forma de violência é intolerável e deve ser combatida de forma enérgica.