Na sessão desta quinta-feira (4), a vereadora Luiza Ribeiro (PT) votou contra o veto da prefeita Adriane Lopes ao projeto que previa a instalação de ar-condicionado em todos os novos ônibus do Consórcio Guaicurus.
O projeto, de autoria do vereador Landmark Rios (PT) e da vereadora Luiza Ribeiro (PT), estabelecia que os novos veículos da frota do transporte coletivo de Campo Grande deveriam ser entregues já com sistema de climatização. A proposta havia sido aprovada por ampla maioria na Câmara no dia 26 de junho, mas nesta quinta-feira, apenas 5 votos foram favoráveis à derrubada do veto do Executivo, que alegou possível desequilíbrio financeiro no contrato com o consórcio que administra o transporte coletivo.
Para que o projeto virasse lei, seriam necessários 15 votos para derrubar o veto.
A vereadora Luiza Ribeiro lamentou o veto da Prefeita Adriane Lopes que não compreendeu a importância desse projeto de lei para garantir um salto de qualidade no serviço de transporte coletivo e também da Concessionária Consórcio Guaicurus que poderia com essa medida atrair novos passageiros para o transporte. “Ninguém aguenta ser transportado com tanto desconforto e é por esta razão que cada vez mais o passageiro foge do transporte público prestado pelo Consórcio Guaicurus”.
Em sua defesa no Plenário, a vereadora afirmou que “a situação da frota que serve a esse contrato é gravíssima. Na CPI identificamos a irresponsabilidade do Consórcio Guaicurus quanto ao cumprimento da idade média da frota desde o início do contrato. A Prefeitura não toma medidas para exigir o cumprimento do contrato. As pessoas pagam caro para correr riscos. Uma cidade quente como Campo Grande, viver nessas condições, é um absurdo. Temos temperaturas altíssimas. O diretor do Consórcio Guaicurus teve a capacidade de dizer que não adianta colocar ar-condicionado. Aquele assoalho do ônibus aquece muito, recebendo todo o calor que vem do asfalto, dos pneus e do motor, fazendo um calor insuportável”, afirma Luiza Ribeiro.
“Todos nós, vereadores, andamos em carros com ar-condicionado. A prefeita também. Por que quem depende do ônibus não pode ter o mínimo de conforto em pleno calor de Campo Grande? A população não merece menos do que nós temos”, afirmou.
Para Luiza, a manutenção do veto representa um retrocesso e uma falta de compromisso com os usuários do transporte coletivo.